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11 October, 2010

Para lutar. Que não perco. Que sofro mais calada.
E acredito. E treino as falas no escuro. E sou uma montanha-russa de vai correr bem e já passou o meu tempo. Porque o Universo já brinca cá dentro. Para que eu aprenda. E faz-me voltar a rituais de meses passados.


Hoje pela blogosfera toda a gente fala em recomeçar.
Na brisa fresca do Outono que os empurra para fora da cama e os faz agir.
Eu... estou com uma vontade louca de fugir aos gritos. Esconder-me na cama a sonhar acordada.
Porque sim... sou fraquita.

E ainda há quem me lembre.


Por isso decidi. Vou começar pela 2ª vez. Aceitar quem me quer arrastar e ensinar. Porque preciso de ensinamentos com fundamento. Preciso mais do que a falsa sensação de força a que me entrego simplesmente porque há quem assim pense de mim.

Openning up on a lockdown. Turning my selfish mode on.

08 October, 2010

Começa o fim-de-semana...

Preferia ainda estar na surpresa que o de há duas semanas me trouxe. Ou então, no CCB a dançar isto e a ser chamada de "mãe pintaínho" - e a perguntar-me se nessa noite também iria haver visita.



Então... vou dançar! Mesmo que sentada na cadeira.
Ontem a Dina lembrou-me uma crença que vem de há muitos anos. Lembrou-me a crença que me acompanha todas as noites no sono. Foi a palavra inesperada no lugar certo que me deu o empurrãozinho para voltar a folhear o livrinho de que já me tinha lembrado há uns dias.
E voltei, e folheei, e pedi. Não sei o que vai acontecer. Não sei em que medida a minha mente e coração são certeiros. Não sei se vou acabar a morder a mão ao que pedi.
Mas estou de coração. [obrigada]

Entretanto, ontem, em representação da chefe, dei por mim a olhar para o tosco do palestrante e a pensar: agora queria três coisas: estar no Japão, debaixo de uma cerejeira; em frente a um poço, ladeada de um sábio muito sábio.
Aí atiraria os meus medos um a um para dentro do poço, ouviria o seu eco misturar-se com pétalas rosa e aceitaria a análise, por mais dura que fosse.
Preciso das respostas todas no mesmo livro, porque eu já estou gatafunhada demais. Preciso dum profeta, dum medium que acabe com isto, e que, por uma vez fosse verdadeiramente positivo.

Não sei se, resultado do retorno ao ritual nocturno, acabei a sonhar que namorava com este Sr. ->
Coisa séria. Já envolvia os sogros, todos snobs, fozeiros. Que gostavam de mim por causa do meu título e das minhas conections.Grande casa, grande vida (pelos vistos o Sr. fazia anos, graças a moi havia lá TV e tudo). E o que é que me acontece? Ele não só me rasga o vestido (por acaso muito bonito e sóbrio, em cetim) a VESTI-LO [é que já nem nos sonhos me safo...]... Como se diverte mais a brincar com um helicóptero que lhe tinham oferecido...é que os homens, realmente...

E lá voltei eu para o mundo real. Em que é 6ª feira. Em que vou passar por um teste. Em que me levo a repetir memórias e lugares. Em que hoje trago comigo o lenço de Londres e da Lasagna.
Em que, até lá, vou ter que passar o dia em reuniões e sufocos.
Em que de wanted só a cerejeira, o poço e o sábio. E tu. E calma.

07 October, 2010


No fundo é isto.
São assim os meus dias. Desde uma certa madrugada.

E isto lembrou-me esta música que eu amo.

E agora vou voltar ao trabalho. Já saí em representação, já voltei. Já reescrevi três cartas. Mas ainda não almocei.
[Shiiiu... não digam à minha mãe...]
Ainda há dois minutos chovia que Deus lhe dava lá fora.
Agora brilha tímido o Sol lá fora, tenho até uma réstia de céu azul só para mim, na minha janela.

Não sei se por falar nele ontem à noite... mas a primeira coisa que pensei foi: Olá Sol! Obrigado por teres aparecido. Graças a ti já não vou encharcado para casa hoje!
[Quem esteve a 30/09/03, na praxe de JCC na FLUP sabe do que estou a falar, quem não esteve, que imagine]
E foi o único sorriso de hoje.

Incrível como tenho estes "momentos Gonzaga". Em que me esqueço de todas as asneiras que fiz entretanto. Estupidamente, penso que tenho 18 anos outra vez e que, de qualquer maneira, nunca dantes navegada, vou mudar o Mundo.
E depois lembro-me: dos 18 anos... só tenho a carinha e a altura.

E sim, do pouco que encontrei, sou Ligeia: As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.
Franz Kafka
[Como tu sabes, my person...]

- - -
Deixo-vos para ir reunir com a chefe... com cara de enterro. Sem saber se me quero cruzar no corredor. Com vontade de rosnar a toda a gente.
Damm you all.

06 October, 2010

Uma tarde de blabbering. A pedir ajuda aos céus. Calma. Coragem.
Brincam, fazem-me sorrir. Abrem-me os olhos.
Porque a vida parece fácil do lado de fora da bolha.

E mesmo aqui, na mesa da Carrrla ouço o Stevie: I just called to say I love you.

Mas prefiro começar no meu vagarinho. Com as palavras que tinha vindo a pensar.
No tom que se fez hábito entre nós. No tom a que quero voltar.
Não andei a reunir coragem durante 4 dias para falhar agora, não é?
Para mim, hoje, quarta-feira, é segunda.
Acabo de retornar de 4 dias de descanso. Repletos de silêncio por fora e gritos internos.

No meio da confusão que eu própria crio, dois acontecimentos tomaram conta de mim:
- foi chamada de hedonista e descrita na perfeição quando não sabia que ainda era passível de ser lida;
- tremi ao ver o teu nome.

Gosto porque o quero e não o encontro como sempre o sonhei.
Ao menos se o interior correspondesse ao exterior...

Foi a conversa mais natural, mais inesperada e mesmo assim, daria por mim a contar tudo.
Talvez esteja farta de me sentar em cima das mãos e morder os lábios.
Quero mesmo um caminho, uma direcção. A purga, a renovação, o fortalecimento.
Quero. Sem escapatórias.

E gosto de pensar que tiveste saudades minhas. Gosto de pensar que quando tiver coragem para falar voltamos a estar mais perto. Gosto de pensar que, se tive capacidade, não vai ter sido só isso.

Sou silêncio por fora e gritos abafados por dentro.
Tenho pesadelos, mas acabo a pensar, mal abro os olhos, que foi contigo que sonhei.
Estou mais magra, cansada... quando, se fosse uma pessoa normal, andaria para aí aos saltos de contentamento.

Aos olhos dos outros já devia ter falado.
Aos olhos dos outros não tenho nada a perder.

Aos meus olhos renova-se o medo.
No meu corpo, nas lembranças... perdi-me (em ti).

01 October, 2010

You don't know how you took it
You just know what you got
Oh Lordy you've been stealing
From the theives and you got caught
In the headlights
Of a stretch car
You're a star

Dressing like your sister
Living like a tart
They don't know what you're doing
Babe, it must be art
You're a headache
In a suitcase
You're a star

Oh no, don't be shy
You don't have to go blind
Hold me, thrill me, kiss me, kill me

You don't know how you got here
You just know you want out
Believing in yourself
Almost as much as you doubt
You're a big smash
You wear it like a rash
Star

Oh no, don't be shy
There's a crowd to cry
Hold me, thrill me, kiss me, kill me

They want you to be Jesus
They'll go down on one knee
But they'll want their money back
If you're alive at thirty-three
And you're turning tricks
With your crucifix
You're a star

(Oh child)

Of course you're not shy
You don't have to deny love
Hold me, thrill me, kiss me, kill me

Hold Me, Thrill Me, Kiss Me, Kill Me - U2
Estou oficialmente irritada.
Sonhei-te, tive-te. E agora estou em fogo por dentro, em vontade, em dúvida. Medo e saudade.
[Porque raio sou anti-social e temerosa?]

Convidei-te, dei o passo, fiz-te feliz.
E no fim? Falhas, recuas, bloqueias-me. Percebes a irritação mas não ages para remediar
Estás/estavas a ser a tentativa, a calma, a hipótese, apesar de tudo.

Aproximei-me como amiga, como presença diária. Com a melhor das intenções.
E agora vejo-te repetição, gosto, susto que tem tudo de bom, mas que não me vejo a encontrar como justificar.
Já não tenho a mesma energia.

É o que dá ter demasiadas ocorrências ao mesmo tempo.

Porque te sonhei e te tive agora não consigo libertar a mente para mais nada.
E eu que te via como out of my league, como teenage crush.
E estás aqui, e aqui dentro e ao mesmo tempo não estás.
Começo a ficar farta de me sentir esta mulher. Mas não consigo parar o carrosel.
Cheira-me que o fim-de-semana sozinha vai ser de purga. Choro. E muito mas muito terror pessoal.

Que não me falte a Móninha hoje. E os seus presentes de aniversário atrasados. E o lanche que a metros de ti me vai fazer abrir o coração.
E, no fim, só ela vai saber o que realmente se passou nestes dias.
Quem me trouxe de Lisboa. Diferente e presa até à sua partida.

Irritas-me. Anseio-te. De olhos rasos.
Ou que a minha (a)normalidade volte.
Leva-me tudo que eu tenha, amor

Se duvidas que teu corpo
Possa estremecer comigo –
E sentir
O mesmo amplexo carnal,
– desnuda-o inteiramente,
Deixa-o cair nos meus braços,
E não me fales,
Não digas seja o que for,
Porque o silêncio das almas
Dá mais liberdade
às coisas do amor.
Se o que vês no meu olhar
Ainda é pouco
Para te dar a certeza
Deste desejo sentido,
Pede-me a vida,
Leva-me tudo que eu tenha
–Se tanto for necessário
Para ser compreendido.


António Botto (1897-1959)
 
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