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29 June, 2010

Em todos estes dias de solidão simpática, saudade doce e sentimento frémito, longe daqui, cruzei-me com um livro que me pedia para ser descoberto, na prateleira da biblioteca no quarto, há alguns meses.

Morde-me o Coração de Patrícia Reis.

Actual, sentido, duro, sentimentalista (a redundância é propositada...). O Era uma vez... do correr atrás do que pensamos nós e nosso e afinal não foi. A história da ilusão e memória açucarada (porque elas são-no sempre) que até nos pode fazer andar e fugir e voltar ao Mundo, se formos corajosos. Seguido do renascer não pedido, seguido do acordar para a realidade, acabando na reconstrução. Tudo para ser real.

A Maria do livro pede, em desespero, a quem ela sempre viu como um amor de Verão: Anda, anda morder-me o coração, na vontade de se sentir viva.

Embora me releia no Xavier a quem foi feito esse pedido, compreendi a Maria desde a primeira linha - e sabia que ao fim dos dois centos de páginas ela iria agir tal e qual como as palavras desfiadas o mostraram.

Eu?
Dou o meu coração a morder todos os dias. Em mordeduras maiores ou menores, simples mordiscadelas simpáticas.
Não porque precise que me roubem pedaços para me sentir viva, qual Maria. Não porque não saiba se sinto se me arrasto.
Mas sim e sempre porque gosto de me dar, de saber que um bocadinho de mim foi, algures no tempo, saboreado não só por mim.

[E sem querer, porque este devaneio me ocorreu ontem ao adormecer - no meio das dores imensas de corpo - este pensamento vai muito ao encontro aos valores de Saint-Exupéry, que celebramos hoje...]

28 June, 2010

Pois é... estão a ver aqueles lanços de escadas, de pedra, antigos, daqueles tipo Palácio, com mais de 30 degraus?
Acabei de cair de umas assim. Literalmente.
Esfolei mãos, braços... nódoas negras por todo o corpo. Ao ponto de sentir o meu corpo tremer involuntariamente.
Enquanto caia, telemóvel "esquecido" (mas inteiro, graças a Deus!) no 3º degrau, eu contei mais uns 7... só pensava: Vou morrer aqui e só dão comigo depois do almoço!

O pior de tudo? É que a porta para onde me diriga para sair está fechada, tipo alçapão medieval e não há agora aqui ninguém para me abrir o raio da portinha...
Eu já disse por aqui que sou CLAUSTROFÓBICA?!

Ou seja... em 27 dias sem aqui aparecer, com muitas saudades, algum descanso e muitas expectativas de todo o género... é só para dizer que... logo no dia em que pude voltar por 5 minutos... havia uma conspiração para me derrubar - no verdadeiro sentido da palavra!
Mas não conseguem com duas tretas, meus amigos... ah pois não!

- - -
Eu depois conto mais sobre o pouco que se passou... sendo que o depois pode ser amanhã ou para a semana...
Digo só que li muito, dei uns poucos passeios e fiz vidinha mole.
Até nem pensei assim tanto - sim, eu não passei muito tempo a pensar, so shoot me! - andei mais numa de divagar, conversar e ver o tempo passar.
Houve algumas mudanças por aqui, não consegui agarrar alguns pássaros; pode ser que ainda saiba voar, não com asas mas com a força da mente e dos braços.

Meio cheio... foste a minha maior preocupação... mas o meu e-mail está parvo, não me deixa escrever... atão, vai aqui ao profile desta rapariga e começa tu desse lado... prometo que respondo, sim?
Amordemadrugada... o Sr, Maxwell passou-te as minhas informações?

De resto... mesmo com o corpo desfeito e o coração tremido, ainda não foi desta que vos abandonei, porque não sou capaz de me abandonar...

01 June, 2010

... que te vais embora.
Que vais desaparecer?

Pois, parece que sim...
Mas volto.
Sempre eu. Mas volto.
Volto já!

- - -
A página vira quando menos se espera, pelas mãos de terceiros.
O gut feeling, o pensamento, a palavra contam muito. Às vezes gostava de não per-saber tanto.

Vocês, os meus físicos, sabem onde me encontrar, à distância de 9 digítos e um pensamento.
Os outros, que adoro, mas que ainda não têm o código para o cofre telefónico... caminhem até ao e-mail. Que eu não quero ter saudades demais, sim?

31 May, 2010

[Hoje sem comentários à imagem...
Ok, só um comentáriozinho: o que é que raio é que a imagem tem a ver com o texto?]

28 May, 2010

Once I told someone I wasn't scared.
Once the word was My and Good. - I've said the exact same words. Smiled the same smile. Dreamed of the same dreams (and cue in the little old jelousy).
Once the feeling was of a dream come true - even if not to last. I was blind but not dumb.

Now, the definition of once is: not missing, not really wondering about.
A page of a book. The kind I always wanted to turn, to say I've lived that.

Once I thought I could rule the world and make it spin on my word. Then I grew up.
Once I believed that being revolucionary was the key to move foward.
Now I know that you can't push on the world. Take your chances, make your call and the flow will take on the rest.

Once I dreamed of different people. Now, most days, I'm wisely surrunded.

Once I thought about me. Then transfered it into you.
Now I live a life of us, we, them, they. With a full heart by the shining of all.

Once became Now.
By the laws of Life, Now will become Again.
For now... let's gamble. Wait. Dream. Make the weel spin, once and again.

27 May, 2010

Como diria uma personagem de 2º plano num dos meus filmes de terror favoritos: it's life imitating Art imitating Life.
- - -
Isto que vêem/lêem não é tristeza.
Não é oh tadinha que está deprimida, que não se decide, que parece bipolar.
Sou eu à espera que, como sempre, mais à frente me apareçam as oportunidades todas de uma vez e eu só possa escolher uma...
Sou eu que passo 9 horas e qualquer coisa sozinha num escritório e quando não sozinha, calada.
Olho à minha volta e vejo: a dor que eu já senti agora em outros, a insatisfação, o desejo de mais. E fico contagiada. Qual virus que se vai impedindo com sumo de laranja mas que nos deixa hipocondriacos.
Até tenho tido motivos para sonhar, ansiar, datas que me dizem algo.
E planos, muitos planos...
Simplesmente Penso, sinto e ajo.
Por esta ordem, com esta importância.
É a forma como, no final de tudo, acabo por ir fazendo Arte.

26 May, 2010

Sinto-me como que adormecida, mas com os olhos abertos.
Os dias passam e quando dou conta estou quase no final da semana e falhei isto, esqueci aquilo, já é dia de tal acontecimento...
Quanto aos meus pais? Estou estupefacta com o fluir da situação. Facil demais? Não sei.
Estou magoada com as ilacções dos outros - isto da amizade tem que se lhe diga...

Se me sinto presa? Sim.
Expectante com o salto que quero que me permitam, com o sonho que crio a cada mensagem. Receosa de perder o que tenho e que me começa a saber a pouco - este dia havia de chegar...
Se me apago para fazer os outros felizes? Oh-oh...
Mas eu sempre fui mais de fazer os outros felizes do que de me sentir feliz.
E depois vozes juntam-se para me dizer: Liberta-te! Mostra o teu potencial! Tens tanto para dar!
Tenho. Sim. E a quem? E porquê? E como?

Quero que o calendário salte para dia 10, para tal como no ano passado, fugir do mundo com a minha Móninha.
Quero que o calendário salte para dia 30 para celebrar e ganhar novo folego.
Quero que o calendário voe para Dezembro, com poucos períodos de torbulência, para deixar de ter medo.
E de preferência sem sentir que ando a dormir acordada.

- - -
Ah! E a música é esta:

24 May, 2010

Sou os destroços de um fim-de-semana que se vislumbrava como bom.
Que começou giro, afectouso e confortável. Com brincadeiras e gargalhadas, com condução por ruas desconhecidas e um olhar do outro lado da mesa de quem sabe o que só mais outras duas almas sabem.
Calor, luzes, música e voltar para casa.

Sou os destroços de palavras tão bonitas e esperançosas como já não me dirigiam há muito tempo.
Sou o querer sonhar, a vontade de sorrir assim e partilhar com o remetente seja lá o que for que para aí está.
Sou o sair sozinha, sem me sentir sozinha. Sou a música que ouvi anos e só senti agora. Noutro dia falo dela... foi o que tencionava quando comecei a escrever... e é uma música tão pra cima...

Sou os destroços de um fim-de-semana que se avizinhava de festa.
De data de festa e da família no calendário. Mas vivi o oposto.
Sou os destroços de um medo pequenino de menina que se realiza, porque passam décadas e as mossas ficam.
Doeu perceber que não opino quando o destroço é o quebrar dos meus próprios pais. Fico a ver, desfeita mas sem surpresa.
Vejo a cada dia mais um pedaço de mim no meu sobrinho que, nos seus 5 anos, reage aos gritos e à discussão como eu em tempos idos, naquela mesma sala.

Sou os destroços de sair para a rua, no princípio da noite, com o meu menino pela mão, para comer um gelado no jardim e fugir da casa que treme e se desfaz mais um bocadinho, outra vez.
O meu pai é um dos meus herois, mas é só um homem. A minha mãe é a minha fonte de vida, mas prolonga demasiado os seus limites.
Eu sou os destroços dos dois, lado a lado com a minha irmã.

22 May, 2010

Arde um beijo. Os labirintos das nossas línguas são o fogo. E as bocas, o único oxigénio que controla o que resta de consciente nesse gesto. E Arde… Arde… Arde.
[Existem incêndios que jamais haveriam de se extinguir…] Os nossos corpos respondem, e, por entre os resquícios de mais um dia penosamente igual aos outros, o perigo interrompido desse acto socialmente proibido, desnuda-nos as almas e torna-nos mais humanos.

Pedro Rodrigues aqui





Meses depois encontrei a resposta à metafora da fogueira.
Será que foge muito à verdade?

21 May, 2010

Olhem para mim e por mim... (breathe in, breathe out...)
Hoje fico com eles então...

Vou para a celebração. E sorrir e brincar e... e...
Vou para a festa sozinha - se não me faltar a coragem...
Vou imaginar os 4 diazitos de férias e rezar para que aconteçam MESMO!
Olho para o calendário e jogo com os dias porque há tanta coisa que quero fazer e pessoas para ver em 48 horas.
Não vou olhar para o relógio porque quero que o dia voe... é 6ª feira.
Aproveitem!

- - -
Parabéns mi Tita and Aldina Maria! :)
 
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