Ainda estou em Lisboa, presa ao trabalho, sem horários e pouco tempo para respirar. Em 5 dias dormi um belo total de 15 horas. Estou afónica, cansada, dorida, preocupada.
Quase esquecida dos meus, sem acesso a informação, para além da minha, problemas para resolver. Noutro contexto estaria isolada.
Mas não! Surpreendida, exultante, vencedora.
Lisboa que me recebes de sol vermelho no céu. Se antes o mar te engoliu, agora é o rio que te renova todas as manhãs aos meus olhos. Ironic in your ways.
Lisboa que me reforças e me trazes as pessoas certas com as palavras que me fomentam. Sinto-me honrada, agradecida.
Lisboa que agora é frémito na pele. Da loucura, do segredo, da mudança que me trazes sempre.
Seja qual for o motivo. Se jogo, se vontade, se curiosidade.
Seja a saudade que já sinto. Do desejo que se repete e que se repita. O medo que fique a memória, apenas.
À entrada do Arcanjo que se dirigiu à janela e olhou o rio só meu, percebi que estranahmente, há algo em mim.
E é tudo o que eu pensava. E é viver com o arrepio e o sorriso.
É verdadeiro...