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31 January, 2011

Conversa 1
Izzie: Ontem o Guica ficou a olhar para mim triste quando saí do jantar.
Carrrla: Porquê?
Izzie: Perguntou-me porque é que eu ia sair antes de comer o bolo. E eu respondi-lhe que vinha trabalhar. Ao que ele me respondeu: Mas 'tá escuro.
Carrla: Isto tudo porque não és prostituta. Aí ele estranhava se saísses de manhã.
[Gargalhada]

Conversa 2
Izzie: Rai's partam a miúda. Como perdeste a chave tenho que ir ao andar de cima à casa de banho.
Carrrla: Ainda não foste?
Izzie: Não. Tava muita gente naquela zona por causa da fotocopiadora. Vou lá espreitar outra vez.
Se ainda estiveram... faço birra.
Carrrla: Não faças birra. Faz... no meio do chão. Tschhhhhhhh...
[Gargalhada]

Aaaai que eu vou morrer de solidão a partir do fim de Fevereiro...
Tenho ideia de já ter falado por aqui de areia, nas mais variadas formas: areia movediça, areia nas ampulhetas que foge e se escapa, areia da praia por entre os dedos dos pés, areia como poeira na estrada, no caminho.

Pois... estava para aqui a pensar.
Areia também é parte do cimento, também solidifica. Molhada ajuda a construir castelos e bolos de fantasia mesmo ao pé da rebentação da água.

Vejo o dia-a-dia como areia. De todos estes tipos. Que também pode ser daquela, decorativa, cheia de cor, que existe como apontamento, para fazer a diferença.

Sim, sinto muita coisa a fugir-me. Muita coisa que não compreendo.
Sim, tenho também momentos que ficam, mesmo que eu não me esteja a esforçar.
Neste momento, tenho só um bocadinho de areia, que cabe na palma da minha mão pequena.

Um bocadinho que tem miríades. Um bocadinho feito de milhões de partículas.
Tenho medo e ansiedade. Saudade e vontade.
Sou humana e vou fazer equilibrismo para perder o mínimo possível de grãos todos os dias.

- - -
Há um ano atrás... e estranhamente, tudo o que me continua a apetecer é Jorge Palma e Tiago Bettencourt, sentindo-me como a Susana Félix. E sonhar. E sorrir. E realizar.

Tenho sonhos/notícias para partilhar convosco. Fantasias. Os meus passos em frente. Ando no marasmo, mas com planos.
Mas não quero ser só o que está para vir, não quero ficar obcecada por algo que ainda não aconteceu e que não sei como vai correr. Por isso continuo apenas a escrever o que não consigo passar, como deve ser, cá para fora.

E acima de tudo, este fim-de-semana, tenho que agradecer à S.

27 January, 2011

A maior parte das pessoas não se junta por amor, mas sim por conveniência: porque dá jeito, para não estarem sozinhas, para terem alguém que lhes faça companhia, para meterem a chave na porta e não serem forçados a ouvir o silêncio. Algumas dessas pessoas não estão com a pessoa que amam porque não quiseram lutar, porque baixaram os braços, porque deixaram o orgulho e a vaidade tomarem conta da sua vida. Há também aquelas que não tendo conseguido ficar com quem queriam, já aceitam qualquer coisa e de qualquer maneira, não se vá dar o caso de envelhecer rápido e não ter ninguém.

A solidão é algo totalmente desprezível na nossa sociedade e também motivo de pena. As pessoas não entendem o velhinho provérbio do mais vale só que mal acompanhado. Eu entendo e mais, pratico-o. Não ficaria com alguém por comodismo, porque me dá jeito. Brinquei muito aos médicos e às famílias quando era pequenina, agora quero algo sério e esse algo sério, não se constrói com promessas, constrói-se com actos. Mas se acham que sou admirada por ser honesta e não fingir sentimentos, desenganem-se. Sou é criticada. Porque devia era ser falsa.
Outra vez, daqui.
Porque realmente há quem prefira coroar "amores" escondidos e de que têm vergonha - mas fica bem ter algo para mostrar. Há quem se altere. Quem assuma que não sabe viver por si, sem outrem.
Eu, sou solteirinha, sim. Das com pelo na venta, que não acredita em tudo, mas que acredita em ser verdadeira e sentir o que faz - ou o que renega, porque não sente.
Estou a passos de começar uma vida mais minha e, automaticamente, mais solitária. De passar pela prova da chave na porta. E acreditem, não é a solidão carnal que me assusta.
Aqui me declaro: Falsa, aos olhos da sociedade, então.

[Sim ando muito plagiante. Mas os outros também andam a escrever muito bem.]

26 January, 2011

Tenho andado com um temperamento complicado. Conseguisse eu reconhecer a causa e poderia começar a pensar em soluções. Sei que ando baralhada, cheia de inércia e cheia de coisas para resolver que, com a apatia, não se resolvem. Facilmente me embrulho em pensamentos, tropeço nas palavras e prendo as vontades. Ando repetitiva, digo as mesmas coisas centenas de vezes e chego à conclusão que as repiso porque não chegam (gostava de saber dizer mais) ou não surtem efeito (gostava que ficassem na memória dos outros). Não me tenho conseguido expressar eficazmente e quanto mais tento, mais a confusão das minhas ideias se avoluma. Às tantas, já não sei bem onde termina a minha confusão e começa a dos outros. Não tenho feito nada que se defina pela eficiência. Não me tenho sentido particularmente compreendida nem tenho percebido muito bem os outros, por muito que tente, tenho sido lembrada que não consigo. Ando com necessidade de me dar a pensamentos mais sérios (pasmem-se), a cálculos e medições de risco. Ora me apetece atirar-me de cabeça, ora me contenho porque às tantas não há profundidade que chegue e, mergulhando, abro os cornos ao meio. Quando estou a ganhar balanço para me atirar, lá as águas se agitam e eu fico no lugar. Não vá ser engolida, revolvida e cuspida na margem completamente desnorteada. Vou molhando os pezinhos à espera que a maré vaze para ver o fundo. Se ela encher novamente, olho para a bandeira e, se estiver verde, atiro-me. Até lá, deixo-me andar neste marasmo. Ora com a sensação boa da areia nos pés e do sol na tromba, ora com dores nos ossos à conta da temperatura da água. É a puta da vida.*

Não lhe tiro as asneiras. Até dizia mais, mas estou demasiado cansada.
Pensei que fosse do cancro ter batido à porta de casa. Da falta de férias. Do desmarcar de planos. Das confusões amorosas. Da baixa auto-estima. Da injustiça. Do fim das férias que não souberam a nada. Do trabalho que me mata e me drena. Da falta de ombro porque o meu também precisa. De me sentir burra todos os dias. De não ver o esforço e a aprendizagem a resultar. Do medo.
Não é de um. É de todas estas e mais aquela em que eu cannot really put my finger on.. É a puta da vida.

* a honra é minha.
Lembram-se da garrafa de Baileys que o GGCC deixou órfã?
Pois, 'tadinha, foi atacada, em pleno frigorífico, por mim e pela Carrrla.
Agora? Agora, rimo-nos sozinhas quando vamos buscar iogurtes e chamamos-lhe "Leite com chocolate da UCAL".
Se e quando o GGCC cá vier, buscar os seus pertences, pomos as culpas na Sr.ª da limpeza. Shiiiu!
[Porque foi uma limpeza, ah foi.]

E eu, que, ontem, fui aproveitar a minha hora e meia de almoço e o Sol e o facto de trabalhar na baixa da cidade?
Fui respirar o cheirinho a castanhas e sentir o frio nas pernas - que estava de vestido - e dei um salto à FNAC para ir levantar um DVD que tinha reservado.
Perdi-me no "banho de Cultura" e vim de lá com mais 3 livros e outro DVD.
Quase €30, bonito!
Mas vim de lá a rir-me sozinha, com companhia para o fim-de-semana, e satisfeita com as pechinchas.

Hoje, só quero que a Carrrla chegue depressinha, porque é ela que tem a chave da casa de banho...

25 January, 2011

Ando com uma sede enorme de mudança.
Talvez porque as coisas à minha volta não mudem assim tanto.
A vida dá saltos, muda-me a vida e depois estagna no que mudou e faz-me sentir que pouco se mexeu.

Será da capacidade de adaptação, da insatisfação?
A última acho que não. Não sou exigente, o que mais peço é evolução sustentada, estabilidade, paz e realização - tudo com tempo que eu não sou de pressas.
Já vi gente ser mais pedinchona e eu até trabalho por isso.

Quero mais que ideias e planos. Fascínios. Tentativas.
Meus e dos outros.
Quero sair desta Casa antes que fique sozinha e presa. Louca e drenada.
Quero a minha oportunidade verdadeira de sentir sem medo ou esforços sobre-humanos, quero as peças todas a encaixar, o sentimento a fluir.

Domingo ofereceram-me um pequeno livro de pensamentos.
Uma das páginas já me sussurrou que não corra atrás da mudança, que estou no local certo para este momento.
Tudo bem, aceito. Só estando aqui, agora, posso vislumbrar o que está no horizonte.

Por outro lado, o mesmo livrinho, contou-me uma história:
Na Antiguidade existia uma taça que se foi enchendo de todo o tipo de sabedoria - a boa, a má, a vinda das aprendizagens ou a resultante de discussões - até que um sábio, depois de responder a todas as perguntas que a plateia lhe pôs, e vendo que cada gota sua transbordava da taça, escolheu finalizar a sua apresentação colocando uma pétala de rosa na superfície da água.
Esta lá ficou, sem ondas, sem fazer transbordar a taça, clara e sem peso. Mas com tal beleza e singularidade que não mais se olhou para a taça da mesma forma.

É isto. A capacidade de mudar, sem alterar.
Também eu quero ser pétala - jezz! que pretensiosa! - dar uma nova visão, sem criar ondas.
E de ter uma pétala na vida, com esta força.

21 January, 2011

Eu sei que é amanhã. Que hoje ainda há campanha, arruadas e tempo de antena a partir das 19 horas.
Amanhã, silêncio.
Domingo dever cívico e moral, a que não falto desde que tenho idade.

Para o silêncio de amanhã deixo estas palavras.
E a pena de não ter sido criança nos anos 70 para viver a emoção das ruas, na inocência.

Regresso

E contudo perdendo-te encontraste.
E nem deuses nem monstros nem tiranos
te puderam deter. A mim os oceanos.
E foste. E aproximaste.

Antes de ti o mar era mistério.
Tu mostraste que o mar era só mar.
Maior do que qualquer império
foi a aventura de partir e de chegar.

Mas já no mar quem fomos é estrangeiro
e já em Portugal estrangeiros somos.
Se em cada um de nós há ainda um marinheiro
vamos achar em Portugal quem nunca fomos.

De Calicute até Lisboa sobre o sal
e o Tempo. Porque é tempo de voltar
e de voltando achar em Portugal
esse país que se perdeu de mar em mar.

                       Manuel Alegre

20 January, 2011

Ponto 1: que em poucos meses posso ter um destes:
Quem souber de um bom sítio para ir buscar um 'canininho destes que precise de família, avise, sim?
Ponto 2: que amanhã é 6ª feira;
Ponto 3: está Sol!;
Ponto 4: apetecia-me um doce - e não tem que ser em troca de um beijo salgado - acho que vou ali, roubar uma bolacha à Carrrrrla;
Ponto 5: algo me diz que o GGCC deixou a garrafa de Baileys órfã, aqui no frigorifico (oh pa mim tão contente!);
Ponto 6: deixa-te de coisas que ainda tens que escrever um press e ir acabar a candidatura.

18 January, 2011

O dia não está fácil.
Em 5 horas já telefonei 3 vezes para a Roménia.
Estive 2 horas à espera de uma reunião. Saí da reunião cansada e a precisar de ideias - as minhas parece que não chegam...
Almocei já passava das 15 horas, a olhar para o PC e a pensar no que ainda tenho para fazer.

Mas tudo mudou, um bocadinho, de repente.
O Tó, que já não falava comigo desde o meu aniversário, mandou um toque, e eu sorri.
Depois deu a novidade de que vai voltar para o país da neve. E eu sorri.
E depois sorrimos os dois porque ainda temos essa capacidade um para com o outro.

Apesar dos anos que já passaram, quase 4, da distância que nunca foi menor a 250 km, da forma acriançada como ele veio parar à minha vida, das dificuldades que já nos ajudamos a passar e das surpresas que já me fez - chocolate que chega pelo correio em plena véspera de Natal, é do melhor!
Nunca chegamos a conhecer-nos pessoalmente, o abraço ficou sempre adiado para depois.
Mas o sorriso, a música e as gargalhadas são(serão) sempre nossas.

E na rádio estava a tocar:
Quando eu nascer
Vou ser alguém...

17 January, 2011

Não sei se "só" quero. Ou se preciso.

Passei um fim-de-semana meu.
A fazer coisas minhas. a olhar pelo meu futuro. Com a minha pessoa e vi que mais uma vez sentimos o mesmo e ela sentiu a minha dor. E eu a dela.

Não consigo deixar de me sentir triste com o mundo. Com as pessoas, com o pouco que vejo.
Depois lembro a mão dada, o oferecer de ajuda, a alegria pelos pequenos passos, a compreensão.
Sinto certas pessoas que, apesar de não ter todos os dias, vejo que olham o mundo da mesma forma.
No meu marasmo, encolho os ombros e acredito que, para eles, não está tudo perdido.

Não está a ser uma 2ª feira fácil.
Muito trabalho e eu sou só uma. Sinto-me capaz de quebrar a qualquer momento.
Tenho saudades da simplicidade.
Queria estar em casa, enroscada, a comer e a ouvir a minha mãe.

Esta semana... vai custar a passar.

14 January, 2011

Amar não é: passarem-nos sempre a mão pelo pêlo, como se faz aos cães; não é dizerem-nos o tempo todo que somos bestiais; não é não nos chamarem à atenção para as nossas falhas; não é não querermos que quem está ao nosso lado não evolua, que seja melhor a cada dia; não é passarem o dia a dizer-nos coisas bonitas e a dar-nos beijinhos. Não, isso não é amor.

Pensava que já tinha aprendido isto. Pelos vistos não.
Deixei uma pessoas daquelas ali da citação entrar na minha vida porque toda a gente me diz que um bocadinho de mel não faz mal. Que devo abrir as portas, aceitar quem me diz querer e viver.
E eu acredito nos outros, quando vejo que eles me querem bem. Porque eu também me quero bem.

Eu... quando gosto (porque amar não aconteceu, neste caso, e é uma palavra demasiado forte) faço quase o oposto.
Ajudo, ensino, abro os olhos. Encorajo, apoio, dou liberdade. Sorrio, dou-me, brilho. Toda eu sou detalhes e atenção e sentimento, sem exageros, sem palavras e gestos chavão. Mas com muita verdade.
Sou verdadeira, sem mais adornos do que para os outros, sem sugar-coating.
Não sou só mel e mimos e atitudes que ficam bem. Com sorrisos e palavras apaixonadas para ficar bonito na fotografia.
Sou eu para outra pessoa.

Pensava que já sabia lidar com pessoas que mascaram o que acham que sentem, ou a necessidade de sentir para não ficarem sozinhos a contemplarem a bola-de-neve de fraquezas que são.
Saber lidar sei. Oh para ele fora da minha vida.
Só não sei lidar é com o meu ego, que gosta das palavras bonitas.
Com o meu coração e espírito que sonham, acreditam e que depois se fecham com o estilhaçar das falsas promessas.

Ao menos, desta vez, disse tudo o que tinha a dizer.
Não fiquei destruída sozinha. Deixei marca, tirei pedaço - sim, sou vingativa.
Tem que chegar. Tem! Para que não se repita.

13 January, 2011

Para mudar um bocadinho o tema aqui do sítio - que logo, logo volta ao deprimente...

Informa a gerência que o "naco de carne" sofreu esta semana um upgrade.
Passou a "boneco de roer".

[Nada como um homem bom, disposto a destressar, a "vida" de uma mulher...]

 - - -
Todo e qualquer problema amoroso que passe por este sítio não tem a ver com o "boneco". Ele tem apenas fins terapêuticos.
A gerência pede desculpa por qualquer confusão.
Não é digno de saborear o mel aquele que se afasta da colmeia com medo das picadelas das abelhas.
William Shakespeare
 
 Palavra-chave da citação?
Digno.

12 January, 2011

...não vos entregueis,sob nenhum pretexto, à meditação melancólica das vossas falhas. Rebolar no lodo não é, com certeza, a melhor maneira de alguém se lavar. 

Venha a chuva, o vento e o escuro.
As obrigações e a máscara para me fazer andar na rua.
Já que, como não trato os bois pelos cornos, a vida me mostrou que ainda não é já que posso ser eu.
Mas foram uns belos dois anos, então não foram?

Por enquanto, sento-me (porque não me apetece rebolar) no lodo.
Já voltei, minha gente...

03 January, 2011

 
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