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26 July, 2010

Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas,
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!

Florbela Espanca

Hoje sinto-me uma retornada. Qual viagem de barco para a metrópole depois de dias no cenário da savana.
Percebi acima de tudo que vivo de e os medos. Que são eles que me aterrorizam, mas que também são eles que me empurram para a frente. À sua conta demoro e perco-me e oscilo. Mas cresço e avanço - não pulo que é para não cair.

Tudo para dizer Lisboa correu bem. Entrou em mim com um sorriso à vista da placa da Abuxarda e não mais me largou. Estou agora sentada a assimilar. Nada de fantasmas, de arrependimentos, de memórias ocas.
Só Luz e Sol e mimo. Pão de queijo à chegada, abracinhos teletubbies, caminhadas e uma gatinha amarela.

Ser chamada de "enviada pela Providência". Sair para o calor, beber muita água, ter o Rossio a refrescar-me as costas. Subir a cidade ficar overwelmed by it all. Tirar 300 fotografias em duas tardes. Caminhar o chão de princesas e ver que a cidade que me amedrontou afinal é linda, o Tejo tem três cores e não depende de filtros e pontos de luz e histórias barrocas para enganar/encantar.
Um jantar de família verdadeiro, famílias únicas, com pesca de carne pelo meio. Duas amigas de todas as horas, de muitas histórias sempre a meu lado a olhar e a partilhar a leveza e o à-vontade comigo.

Sem confusões, sem exageros, a vida fluiu como quando se está no sítio certo, na hora certa.
Miradouros e azulejos e estátuas e palacetes.
Carinho e saudade e vontade de ficar mais e mais dias ao lado da cadeira de baloiço.
Sei que foram os dias perfeitos, que não me apressei. Agora, viajas sem mim. Até uma cidade minimamente neutra. Se foste para o lixo ou se ensinarás mais alguém, não sei. Mas sei que cortei as amarras.

Ficaram-me a faltar a A. e a E.
Mas o nosso dia já esteve mais longe.

Este foi o fim-de semana de enterrar o machado. Ver o bom para além do mau. Parar com as culpas.
A mim. De mim.

E o B a cantar-nos. Por favor vê isso.

7 thoughts unleashed:

Fátima Santos said...

ollláaaaaaa!!! amiga bom regresso!! e olha acredita em mim estou cheia de saudades e só se passaram 2 dias! cada cantinho que eu olho onde estiveste lembro-me de ti :) soube-me a pouco, tinha ainda tanto para te contar... muitos beijinhos

Silent Man said...

Ora vês... E na volta ainda tens muito muito para aprender sobre Lisboa! Essa cidade tão grande que nem um Olisipógrafo conhece inteira e verdadeiramente!

Aposto que conheces praí 10% da cidade! Eu, por exemplo, admito que não devo conhecer muito mais que isso! E juntos, não devemos conhecer mais de 15%... Mas também eu, que moro na Margem Sul, tenho uma pancada pela nossa Capital! Porque tenho orgulho desta cidade tão bela. E porque tenho tantos e tão bons amigos que como eu gostam dela, cada um à sua maneira, que me mostram e fazem ver tantas coisas diferentes...

Adorei este post! Alegrou (ainda mais) a minha manhã!

Kiss kiss

anf said...

Que belo fim de semana, quer-me parecer,
bjo

Margarida Maria said...

Também gostámos muito. É bom conhecer pessoas de coragem e a força ganha-se no dia-a-dia da vida, Deitar para trás das costas a dor e aprender a viver na alegria é um acto de sabedoria. Vive bem, porque mereces.
MM

Poetic Girl said...

Viste como te fez bem? ás vezes as coisas que mais tememos no fim fazem-nos tão bem! beijoca

João Roque said...

Mas quem não gosta de Lisboa????

Maxwell said...

Eu disse-te que Lisboa não era um sitio tão mau como pintavas :)
Gostei daquela primeira foto tirada mesmo do Castelo à baixa e até à margem sul ('a outra banda').
Fico feliz por teres desfeito um mito em ti propria :)

PS: aquela que tem o fosso relvado é no castelo também? eu não vou lá a ima desde puto, n conheço :S

 
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